quinta-feira, 30 de abril de 2015

AS DOENÇAS DO NOSSO SÉCULO

AS DOENÇAS DO NOSSO SÉCULO O mundo, vivendo distante do Deus que sara (Ex.15:26), é e sempre será doente física, moral e espiritualmente. INTRODUÇÃO - Neste trimestre, estudaremos as “doenças do nosso século”, ou seja, alguns dos males que têm afligido a humanidade e levado o mundo que nos cerca, apesar de todo o progresso tecnológico e material, a um estado de grande sofrimento, sofrimento este que cresce a cada instante. - O mundo é doente porque rejeitou se submeter a Deus e a Igreja, que é o povo que aceitou servir a este Deus, precisa estar consciente dos males que afetam o mundo, pois só ela pode oferecer o único remédio que cura todas estas enfermidades: Jesus Cristo. I – O “NOSSO SÉCULO” E SUAS DOENÇAS - O tema de nosso trimestre é “As doenças do nosso século: as curas que a Bíblia oferece”. Notamos, portanto, que, de pronto, torna-se necessário esclarecer o que significa “o nosso século”, até porque, numa leitura apressada, podemos ficar com a impressão de que estamos tão somente a falar do “século XXI”, que é o século em que estamos no calendário gregoriano, o calendário que é adotado universalmente. - No entanto, quando vamos ao dicionário, notamos que a palavra “século” tem um sentido primeiro que vai muito além da indicação de um período de cem anos, como estamos acostumados a pensar. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, vemos que o primeiro significado de século é “o mundo, a vida terrena”, significado este que também leva aos de “a época em que se vive, o tempo presente”. “o tempo considerado sob um ponto de vista indeterminado”. Era este, aliás, o significado dado em latim para a palavra “saeculum”, que é origem evidente deste vocábulo em língua portuguesa. - Quando vemos a palavra “século” na Bíblia Sagrada, na Versão Almeida Revista e Corrigida, observamos que é neste significado original que a palavra é utilizada. Surge, pela vez primeira, em I Cr.16:36, na expressão “século em século”, precisamente para dar a conotação de Deus está fora da dimensão temporal, que Deus está associado à eternidade, ao contrário do ser humano, expressão que se repete em Sl.41:13. Também, em Is.34:10; Jr.7:7 e 25:5, a expressão é utilizada pelos profetas para indicar promessas duradouras e eternas da parte de Deus, seja para o bem de Seu povo, seja para o mal dos inimigos do povo de Deus. - Em Ec.9:6, encontramos o uso da palavra “século” no significado próprio de “vida terrena”, deste mundo, o que não é de se espantar pois é o livro de Eclesiastes o livro do Antigo Testamento que cuida da chamada “vida debaixo do sol”, ou seja, da vida sob a perspectiva de nossa existência terrena. No mencionado versículo, o pregador está a dizer que os mortos, nesta vida, são esquecidos e não têm parte alguma neste mundo, ou seja, “neste século”. - A palavra hebraica utilizada para “século” é “ ’olam” (???), cujo significado é tanto um período de duração indeterminada, período de longa duração, quanto o de “este mundo”, esta existência terrena, tanto que o “mundo-do-além”, o mundo após a morte física, o que denominamos de “eternidade” é o que os israelitas denominaram de “ ‘olam ha-ba”. “ ‘olam”, portanto, tem nitidamente o significado desta existência terrena, deste período indeterminado em que passamos “debaixo do sol”. - Em o Novo Testamento, temos a repetição da mesma idéia já apresentada seja no latim, seja no hebraico, na palavra grega “aion” (????), referindo-se, sempre, a esta atual existência terrena, ao “mundo-do-lado-de-cá”, que difere do “mundo-do-lado-de-lá”, chamado nas Escrituras de “século futuro” ou “vindouro” (Mt.12:32; Mc.10:30; Ef.1:21; Hb.6:5). -O “mundo-do-lado-de-cá” é contrário aos ditames divinos, está em rebeldia contra Deus, tanto que Paulo considera que os “entendidos” deste “século” são considerados loucos diante de Deus (I Co.1:20), trata-se de um “século” mau (Gl.1:4), já que dominado pelo adversário de nossas almas, chamado de “deus deste século” (II Co.4:4), que comanda os “príncipes das trevas deste século”, que estão em constante luta contra os servos do Senhor (Ef.6:12). Por isso, amar o presente século é afastar-se de quem serve a Deus (II Tm.4:10). Apesar de tudo, porém, embora não pertençam nem sejam coniventes com este século, os servos de Deus nele vivem, ainda que se forma distinta dos demais homens (Tt.2:12). - O “século”, pois, nada difere do “mundo” mencionado muitas vezes nas Escrituras, não o “mundo físico”, mas o “mundo espiritual”, o sistema organizado que contraria a Deus, capitaneado pelo diabo e que domina os homens que, por sua livre e espontânea vontade, não se submetem ao Senhor. Já no Sl.17:14, o salmista nos adverte a respeito dos “homens do mundo, cuja porção está nesta vida”, cujo livramento Davi está a implorar a Deus. Tem-se, pois, que o “mundo” tem uma perspectiva única e exclusiva desta vida debaixo do sol, desprezando por completo a eternidade. - Este “século”, como já se viu, é caracterizado pela maldade. O profeta já dizia que o Senhor visitaria sobre o mundo a maldade e, sobre os ímpios, a sua iniqüidade (Is.13:11). Vê-se, portanto, que o “presente século”, o “nosso século” do tema deste trimestre, é um lugar onde reinam a maldade e a iniqüidade, ou seja, o pecado (I Jo.3:4). - Ora, por haver pecado neste mundo, temos que os seus habitantes estão sob o domínio deste pecado (Gn.4:7), pois quem comete pecado é servo do pecado, como nos ensinou o Senhor Jesus (Jo.8:34). Ora, o domínio do pecado traz ao mundo uma situação extremamente difícil, porquanto o salário do pecado é a morte, ou seja, a separação de Deus. - Sendo Deus Aquele que traz ao homem sentido para a sua existência, pois o homem foi criado para servir a Deus e, neste serviço, alcançar a felicidade, vemos que o “presente século” nada pode oferecer de bom ao homem, visto que nada que estabeleça pode sequer trazer ao homem sentido para a sua vida. Não é por outro motivo, aliás, que o pregador, ao tratar da “vida debaixo do sol”, chega à conclusão de que “tudo é vaidade” (Ec.12:8), ou seja, há um vazio de sentido, um vazio de significado em que tudo o que se faz ou se pratica dentro do “século”, tanto que o apóstolo Pedro não titubeia em afirmar que o modo de vida no “século” é uma “vã maneira de viver” (I Pe.1:18), i.e., um modo de viver vazio, sem qualquer significado. - Quando criou o homem, Deus o pôs num jardim, onde Deus fez brotar “toda a árvore agradável à vista, e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn.2:9). Nota-se, pois, que Deus estava sumamente interessado em que o homem tivesse uma vida feliz e regalada, um bem-estar físico, psíquico, moral e espiritual. Com efeito, Deus havia tomado o cuidado de o homem se sentir bem do ponto-de-vista psicológico (“agradável à vista”), do ponto-de-vista físico (“boa para comida”), do ponto-de-vista espiritual (“árvore da vida”) e do ponto-de-vista moral (“árvore da ciência do bem e do mal”). Havia, assim, uma completa harmonia, um bem-estar que traduzia um estado de saúde. Sim, pois, quando vemos o Estado eterno, o resultado da obra expiatória de Jesus, vemos que, na Jerusalém celestial, as folhas da árvore da vida são para “saúde das nações”, a indicar, pois, que, na vida com Deus, há saúde. Mas o que é saúde? - Diz o dicionário que saúde é “estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para a forma particular de vida (raça, gênero, espécie) e para a fase particular de seu ciclo vital”. Ora, para que se possa falar em “saúde” no aspecto que estamos a tratar, é necessário que o homem, criado para viver em comunhão com Deus, esteja, efetivamente, em comunhão com Ele e isto somente ocorre quando não há pecado, pois os pecados fazem divisão entre o homem e Deus (Is. 59:2). - A saúde, ademais, é um “equilíbrio dinâmico”, ou seja, é algo que tem de permanecer ao longo do tempo, que não é estático, mas que se renova a cada dia, a cada instante, em que se cumprem os objetivos e finalidades estabelecidos para aquele determinado organismo. Não é por outro motivo que toda viração do dia, Deus vinha ao encontro do homem, para que, assim, dia após dia, o homem cumprisse o propósito de servir a Deus e dominar a criação terrena, num equilíbrio dinâmico. - O mundo, porém, nascido da entrada do pecado, no exato instante em que o primeiro casal quis ser igual a Deus, ou seja, independente do Senhor, não pode ter “saúde”. Muito pelo contrário, o “nosso século” é caracterizado pela presença da “doença”. Doença é “alteração biológica do estado de saúde de um ser (homem, animal etc.), manifestada por um conjunto de sintomas perceptíveis ou não”, “alteração do estado de espírito ou do ânimo de um ser”. Houve uma modificação no plano original de Deus para o homem e, por isso, com a entrada do pecado e a criação do “presente século”, temos um universo marcado pela “doença”, palavra que vem do latim “dolentia”, que é “aquilo que causa dor, que aflige”. - “Doença” é o que causa dor, que causa sofrimento, que causa aflição. É isto que temos no mundo, como o próprio Jesus deixou claro ao afirmar que “no mundo tereis aflições” (Jo.16:33). Salomão, também, ao descrever a “vida debaixo do sol”, mais de uma vez mostrou que ela se caracteriza pela presença de “aflição de espírito” (Ec.1:14,17; 2:11,17,26; 4:4,6,16; 6:19), expressão que quase sempre está associada à “vaidade” de que falamos há pouco. - Se no mundo temos aflições, isto revela que o mundo é repleto de “doenças”, pois tudo, no mundo, está alterado, modificado em relação ao plano originalmente estabelecido pelo Senhor. Não surpreende, pois, que o “nosso século” tenha doenças. No entanto, se o “presente século” é mau, repleto de doenças, devemos também nos lembrar que estamos neste mundo, mas dele não somos (Jo.17:14,16). Desta maneira, não podemos ser doentes, visto que, enquanto o mundo está em trevas, nós estamos na luz e, portanto, nossas obras não podem ser más, mas, sim, devem ser boas (Jo.3:19-21). - Assim, embora tenhamos de identificar as doenças que existem no “presente século”, não podemos nos deixar contagiar por tais enfermidades, pois, como se sabe, contágio é “transmissão de doença de uma pessoa a outra, por contato direto ou indireto”. Ora, Jesus nos ensinou que devemos sempre viver em santificação, ou seja, separados do pecado, separados deste mundo, embora estejamos nele. - “Contágio” vem da palavra latina “contagium”, que tem o significado de “união”, “participação”. Por isso, é dito, nas Escrituras, que não podemos amar mais as trevas do que a luz, mas devemos vir para a luz, se, realmente, praticamos a verdade. Não há comunhão entre a luz e as trevas (II Co.6:14), de sorte que, num mundo repleto de doenças, devemos viver de tal maneira que não nos deixemos contaminar pelas doenças, não sejam atingidos pelo contágio, pois “o príncipe deste mundo” nada tem em nosso Senhor (Jo.14:30). - Por isso, quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele (I Jo.2:15) e amar o presente século, como fez Demas, leva o homem a se afastar do Senhor e de Seus imitadores (I Co.11:1; II Tm.4:10). Devemos manter uma saúde espiritual, para tanto não só aceitando a cura do Senhor, como também evitando adoecer, mediante uma profilaxia eficaz, que são as disciplinas da vida cristã, estudadas no trimestre anterior. - Mas não basta que fiquemos sãos. É indispensável que, para que, inclusive nos mantenhamos saudáveis, levemos a saúde para os que estão a padecer enfermidade no mundo. A missão da Igreja, como luz do mundo, é levar a “luz do evangelho de Cristo” aos que tiveram seu entendimento cegado pelo “deus deste século” (II Co.4:4). Torna-se imperioso que sejamos instrumentos do Espírito Santo para que alguns do mundo sejam convencidos de que o “príncipe deste mundo está julgado” (Jo.16:11), pois, afinal de contas, o Senhor Jesus expulsou “o príncipe deste mundo” (Jo.12:31). - Devemos, como verdadeiros “médicos espirituais”, levar ao “mundo” a cura de suas doenças, que é Jesus Cristo, que venceu o pecado e a morte e que, agora, sentado à destra de Deus, é a propiciação pelos pecados de todo o mundo (I Jo.2:2). Mas, como bons médicos, antes de ministrarmos o devido medicamento, Jesus Cristo, que cura todas as enfermidades e moléstias entre o povo (Mt.4:23; 9:35), que façamos o correto diagnóstico, ou seja, que se distingam as doenças, que sejam elas identificadas. Eis o objetivo deste nosso trimestre: diagnosticar as doenças do nosso século e, assim, termos condição de ministrarmos aos doentes o devido remédio: Jesus Cristo. II – AS DOENÇAS DO PRESENTE SÉCULO - Nosso comentarista identificou três classes de doenças do nosso século. Tal identificação tem a ver com a própria ruptura do relacionamento de comunhão entre Deus e o homem por causa do pecado. Como já dissemos supra, o pecado faz divisão entre o homem e Deus (Is.59:2) e, assim, a comunhão estabelecida entre Deus e Sua imagem e semelhança na terra se desfez. - Ora, o homem, ao ser criado, foi estabelecido como “coroa da criação terrena”, tendo um relacionamento baseado em alguns pontos, a saber: a) tinha uma relação especial e única com o seu Criador, pois foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn.1:26,27). Um ser moral, que sabia discernir o bem do mal, que tinha consciência de servir e adorar ao Senhor, um ser dotado de liberdade. Tinha, pois, um relacionamento singular com Deus. Nasce daí a sua “religiosidade”, pois tinha ele uma “natural inclinação para adorar a Deus”. Não é por outro motivo, aliás, que o primeiro e grande mandamento é “amar a Deus sobre todas as coisas” (Mt.22:37,38) b) tinha uma relação de igualdade e solidariedade com o próximo, pois macho e fêmea foram criados iguais pelo Senhor, ambos foram abençoados e ambos deveriam viver em frutificação espiritual, com reprodução biológica e com capacidade de encher a Terra (Gn.1:27,28). Eram seres feitos para viver em sociedade (Gn.2:18), sem qualquer domínio de um sobre o outro, em completa fraternidade e solidariedade. Não é outra a razão pela qual o Senhor Jesus elevou o amor ao próximo a condição de segundo mandamento, semelhante ao primeiro (Mt.22:39). c) tinha uma relação de perfeita harmonia consigo mesmo (Gn.2:9). Conforme já vimos supra, o homem foi criado num estado de completa harmonia interna, pois a comunhão que tinha com Deus fazia com que seu espírito, o elo de ligação com o Criador, dominasse sobre sua alma e corpo, fazendo-lhe desfrutar da plenitude de sua capacidade (Gn.2:19,20). Jesus fez questão de ressaltar que o amor ao próximo tem de ser equivalente ao amor a si mesmo (Mt.22:39). d) tinha uma relação de domínio sobre a criação terrena (Gn.1:26). O ser humano foi feito para dominar sobre todas as criaturas terrenas, sendo-lhes portanto superior, superioridade que se refletia em completa harmonia com o ambiente que o cercava, tanto que o conservava e dele usufruía para seu deleite. e) tinha uma relação com o Deus eterno e, por isso, a eternidade era uma realidade presente, não havia influência do tempo sobre o homem, cuja mente estava voltada para as “coisas de cima”, para o encontro diário com seu Criador na viração do dia. - Ora, o pecado veio transtornar todo este estado de coisas e o sistema surgido com a entrada do pecado, o “século”, trouxe alterações profundas nesta situação, que é, pois, a origem das doenças que serão o alvo de nosso estudo. Assim, o pecado rompeu o relacionamento entre Deus e o homem e, desta ruptura, surgiram as “doenças religiosas”, ou seja, as tentativas humanas para “religar” o homem a seu papel de adoração, doenças estas que levaram à idolatria (Rm.1:21-23), idolatria que se intensifica nos dias em que vivemos e que cada vez mais se desmascara como adoração explícita a Satanás, o deus deste século, num evidente prenúncio dos dias da Grande Tribulação. - Em II Tm.3:1-5, o apóstolo Paulo traz-nos uma descrição das características dos homens do século, dos “tempos trabalhosos”, predicados que contemplamos em nossos dias como inevitável cumprimento das profecias bíblicas. Vemos, claramente, que os homens deste século estão tomados pelas “doenças religiosas” e, assim, em vez de adorarem a Deus, criam para si ídolos, a começar por eles próprios, pois o presente século não ama a Deus, mas é repleto de homens “amantes de si mesmos”, “avarentos” (e, por isso, idólatras – Cl.3:6), “presunçosos” (verdadeiros “sabichões”, que não aceitam receber a orientação divina), “soberbos” (auto-suficiente, que, portanto, entende não precisar de Deus), “blasfemos” (desrespeitadores da pessoa divina), “profanos” (pessoas que não se interessam pela santidade e, portanto, não querem, de forma alguma, buscar a Deus, que é santo), “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (e, portanto, como não querem ser amigos de Deus, constituem-se em Seus inimigos – Tg.4:4; I Jo.2:15). - Mas, não é apenas a ruptura do primeiro e grande mandamento que faz com que surjam doenças no mundo, no presente século. Tem-se, também, que, ao ingressar o pecado, o homem perde a solidariedade e fraternidade que tinha com o seu próximo. A fonte do amor ao próximo é o amor a Deus (I Jo.4:20) e, se, com o pecado, não houve amor a Deus, não haverá, igualmente, amor ao próximo. Surgem, então, as chamadas “doenças sociais” ou “doenças interpessoais”, que são males nas relações entre as pessoas, fruto da falta de amor ao próximo. - Em II Tm.3:15, temos as características dos homens do presente século em virtude destas “doenças sociais”. É dito que os homens deste século são “desobedientes a pais e mães”, ou seja, começam por se constituir em inimigos e a desprezar os seres mais próximos de sua geração, que são seus pais. São, também, “ingratos”, ou seja, jamais reconhecem o bem que recebem, vistos como própria obrigação dos outros em relação a si mesmos, fruto do egocentrismo que caracteriza os homens do mundo, que crêem pensar unicamente em si. São homens “sem afeto natural”, ou seja, que não têm qualquer sentimento de misericórdia, de compaixão, que não têm qualquer consideração pelo outro. - As “doenças sociais” manifestam-se, também, na circunstância de serem os homens “irreconciliáveis”, ou seja, não conseguem perdoar nem ser perdoados, alimentando mágoas, rancores e ódios que só tendem a aumentar e que, inclusive, saem da esfera individual para se transformar em lutas de grupos e de etnias umas contra as outras; “caluniadores”, ou seja, acusadores, detratores da honra e da fama alheias, neste particular, tornando-se semelhantes ao diabo (aliás, “caluniador” em grego é “diábolos”), que não cessa de acusar os santos dia e noite (Ap.12:10), pessoas cujo único prazer é matar os seus irmãos, pois o caluniador é, antes de tudo, um homicida (Mt.5:22); “cruéis”, isto é, pessoas que não têm qualquer compaixão ou misericórdia para com o outro; “sem amor para com os bons”, pessoas que não demonstram nenhum sentimento de piedade e que não toleram os que são bons para com o próximo; “traidores”, pessoas que não são desleais, não confiam em ninguém nem permite que ninguém confie nelas; “orgulhosos”, pessoas que só pensam em si mesmas, que são incapazes de levar em conta o outro. - Mas, além da ruptura causada no relacionamento com Deus e no relacionamento com o próximo, os homens deste mundo são pessoas que não amam sequer a si mesmas, que entram em conflito consigo mesmas, pois, se realmente amassem a si próprias, amariam a Deus e ao próximo. Ao se deixarem levar pelo pecado, os homens do presente século passam a “andar segundo a carne” (Rm.8:1) e, por isso, se inclinam para as coisas da carne (Rm.8:5), ou seja, fazem apenas o que lhes manda a natureza pecaminosa (pois isto é que é a carne), natureza pecaminosa que tem como único fim levar o ser humano para a autodestruição. - Surgem, então, as chamadas “doenças intrapessoais” ou “doenças pessoais”, que nada mais são que os males que o homem causa a si mesmo. Na ilusão de se endeusar, no engano de estar fazendo o que lhe apraz e de ter o “máximo aproveitamento da vida”, o homem do presente século destrói-se a si próprio, busca tão somente a aceleração da sua degradação, da sua morte física, cujo único resultado é a sua perdição eterna. Por um caminho espaçoso, por uma porta larga, onde pensa ter se permitido tudo fazer, o ser humano tão somente abrevia a sua existência terrena e dá início a seu sofrimento eterno. - Assim, ao pensar ter que fazer tudo para se sobressair sobre os demais, bem como nada ter que fazer em relação a Deus, os homens do presente século tornam-se “incontinentes”, ou seja, não têm domínio próprio, deixando-se levar por tudo aquilo que a sua natureza pecaminosa os encaminha, que nada mais é que a cobiça desenfreada de satisfação dos desejos pecaminosos (“concupiscência da carne”), a limitação da cobiça às coisas visíveis e que são agradáveis pela aparência (“concupiscência dos olhos”), tornando a visão, fonte de luz, em fonte de densas trevas (cf. Mt.6:22,23), sem se falar na ilusão de que seus desejos podem tornar-se em realidade com o esforço próprio, como se, entre os homens, o querer fosse o efetuar (“soberba da vida”). - Conduzidos pela carne a buscar aquilo que há no mundo (I Jo.2:16,17), os homens do presente século passam a cometer desatinos que só lhes causam males como se pode ver pela imoralidade sexual reinante, causadora de pestes, distúrbios e sofrimentos em diversas áreas da vida humana (desintegração familiar, criminalidade entre outros); pelo uso e abuso crescente de drogas, pelo aumento do tráfico de mulheres e da mercantilização dos seres humanos. - Os homens do presente século são, também, “obstinados”, ou seja, têm seu coração endurecido, estão insensíveis aos seus próprios limites e sentimentos, vendendo-se, não descartando qualquer atitude ou gesto para atingirem fins e propósitos imediatistas. Não medem conseqüências para os seus atos nem sequer perguntam se o que fazem vai ou não prejudicar o outro. Quem apenas a satisfação do prazer imediato, prazer este, aliás, que, não poucas vezes, traz prejuízo aos próprios que desfrutam (que o digam, por exemplo, as doenças decorrentes do uso de drogas). - Por fim, vemos que o homem, feito para ser “coroa da criação terrena”, no mundo é completamente aviltado e desprezado. O presente século não dá ao ser humano qualquer valor, numa completa inversão de valores. Embora seja cada vez mais freqüente falarmos no “princípio da dignidade humana” como elemento norteador do comportamento da humanidade, o que se verifica, porém, é o mais completo desprezo ao ser humano. Recentemente, por exemplo, no Brasil, ao mesmo tempo em que o Supremo Tribunal Federal autorizava o uso de embriões humanos para pesquisa, alguns juízes deram liminares para permitir a ausência de alunos em experiências em que se utilizam cobaias animais, ou seja, o ser humano vale menos do que um animal! - Com o desprezo dado ao ser humano, temos que, no presente século, os homens são “avarentos”, ou seja, amam e adoram o dinheiro, que tem muito mais valor que os homens. Como se costuma dizer, “o dinheiro faz o mundo rodar” e tudo quanto beneficia as riquezas tem proeminência. Este “amor do dinheiro” é a raiz de toda espécie de males e esta doença tem sido uma das que mais contagiam os que estavam servindo ao Senhor (I Tm.6:10). - Mas o presente século também retira do ser humano a eternidade que o Senhor havia posto em seu coração (Ec.3:11 ARA). Os homens deste mundo, diz o salmista, têm sua porção nesta vida, ou seja, não buscam nada mais, nada menos que “as coisas desta vida”, as “coisas deste mundo”. São pessoas que estão embaixo, como disse o Senhor Jesus (Jo.8:23). - Para os homens deste mundo, a vida só significa o comer, o beber e o vestir (Mt.6:31) e, como não conseguem conter-se, bem como são dominados pelo pecado, não se contentam com a mera subsistência e iniciam uma corrida desenfreada em busca da satisfação de tais necessidades, sem qualquer equilíbrio, num estado de conflito interno, onde a carne, que busca a sua autodestruição, gera um sentimento de inquietude e desassossego, a inquietude relatada pelo Senhor no sermão do monte. - Em virtude disto, a mente dos homens não pensa senão nesta existência terrena, no “mundo-do-lado-de-cá”, desprezando, por completo, a eternidade e o que ela representa. Não se importam com o destino de seu ser depois da “vida debaixo do sol”. Por isso, quando alguém aceita a Cristo, não pode ter um tal comportamento, pois, tendo já ressuscitado com Jesus, é nova criatura, não mais pensando nas coisas desta vida, mas, sim, nas “coisas de cima” (Cl.3:1,2). - A falta de perspectiva eterna é um verdadeiro contra-senso, visto que os homens sabem que não podem viver eternamente debaixo do sol, que a morte é inevitável e, então, surge o grande paradoxo do homem do presente século: o de saber que a morte é a angústia de quem vive. Este nó, que os chamados filósofos existencialistas tentaram desatar, não tem sido desfeito, pois é a prova indelével de que o mundo é doente e precisa ser curado. À “angústia da morte” só existe uma solução: Jesus Cristo, Aquele que trouxe para todos tenham vida e vida em abundância (Jo.10:10). - O “século”, ademais, é caracterizado, precisamente, por ser algo submetido ao tempo, algo que é passageiro, que não tem duração. A Bíblia compara a existência do homem à da flor da erva que, de manhã vigorosa e bela, à tarde está seca, murcha e morta (Sl. 90:5,6; Tg.1:10,11; I Pe.1:24), ao conto ligeiro (Sl.90:9). Destarte, voltar-se o homem apenas para este insignificante período de sua existência é um aviltamento sem igual, já que Deus pôs a eternidade em seu coração, causa de toda esta “angústia” de que tanto se fala. - Hoje em dia, poucos são os que pensam na próxima geração, preferindo, antes, ususfruir do “aqui e agora”, quando o correto seria termos nossas mentes para a eternidade que nos aguarda. Este “imediatismo”, inclusive, tem invadido muitas igrejas locais e contaminado a muitos com mais esta doença do século. III – A CURA DAS DOENÇAS DO SÉCULO - Vistas as doenças do século, resta-nos apenas, ainda que de maneira bem introdutória, falarmos sobre o tratamento que se requer para que tais doenças sejam curadas. - Por primeiro, cumpre observar que as doenças, como tudo o que existe no presente século, são, também, temporárias e passageiras. Diz o apóstolo João que “o mundo passa e a sua concupiscência” (I Jo.2:17). Ora, as doenças são conseqüências da própria natureza do mundo, surgiram com o aparecimento do mundo e, portanto, também hão de passar quando o mundo desaparecer. - Isto nos dá grande ânimo, porque, em sendo as doenças passageiras, nós, que aceitamos a Cristo e recebemos a eternidade em nosso coração, sabemos que, em Deus, somos maiores do que tais doenças e, portanto, temos condições de não sermos contaminados com elas e, mesmo se o formos, de alcançarmos a cura. Além do mais, estando livres das “doenças do século”, podemos, também, anunciar a todos os homens deste século que podem eles, também, se libertar de tais doenças, alcançando a cura para suas existências. - As aflições do presente século podem ser vencidas. O próprio Jesus disse que se tivéssemos bom ânimo e seguíssemos Seu exemplo, seríamos tão vitoriosos quanto Ele o foi (Jo.16:33). O apóstolo Paulo também asseverou que a vitória é possível, pois somos mais do que vencedores por Aquele que nos amou (Rm.8:37). O apóstolo João, por fim, foi categórico ao afirmar que a vitória que vence o mundo é a nossa fé (I Jo.5:4). - Quando esteve entre nós em carne e sangue, Jesus andou fazendo bem e curando a todos os oprimidos do diabo (At.10:38), pois, como afirma o apóstolo João, Ele veio desfazer as obras do diabo (I Jo.3:8). Com Seu sacrifício, Jesus julgou este mundo (Jo.12:31) e o derrotou, garantindo-nos a vitória, inclusive sobre a morte (I Co.15:57). - Deste modo, podemos e devemos, assim como o Senhor, pois devemos seguir o Seu exemplo (I Pe.2:21) e ser Seus imitadores (I Co.11:1), durante a nossa existência terrena após o novo nascimento, nossa existência enquanto novas criaturas, andar fazendo bem e curar a todos os oprimidos do diabo. Para tanto, devemos fazer como o apóstolo Paulo, pregar a Cristo e Este crucificado (I Co.2:2). - A pregação do Evangelho, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê em Jesus, em que se descobre a justiça de Deus de fé em fé (Rm.1:16,17), é o meio pelo qual se leva aos homens do presente século a cura de suas doenças, que é o próprio Jesus. É Jesus quem dá saúde espiritual, moral, psíquica e física para a humanidade. É Ele que, ao restaurar o amor a Deus em nossos corações, criar o amor de Deus em nosso interior, faz com que venhamos a ter o amor ao próximo, a perspectiva da eternidade e o restabelecimento da dignidade da pessoa humana. - A cura das doenças deste século somente vem através da pregação do Evangelho, mensagem esta que outra não é senão a de arrependimento dos pecados e submissão à vontade de Deus. É preciso que nós, que já aceitamos a este Jesus, que já fomos curados das doenças do presente século, levemos o medicamento apropriado e adequado para a cura das almas sofredoras e angustiadas que caminham rapidamente para a perdição eterna. Que não sejamos “médicos faltosos” que, por “omissão de socorro”, contribuamos para que muitos pereçam. Que neste trimestre, venhamos a sentir esta responsabilidade, diagnostiquemos os males deste mundo e ministremos a tempo oportuno o único remédio que os pode curar. Que repitamos ao mundo as mesmas palavras de Pedro a Enéias: “Jesus Cristo te dá saúde” (At.9:34). Amém! Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco.

LIÇÃO Nº 5 – JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS

LIÇÃO Nº 5 – JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS INTRODUÇÃO - Na sequência do estudo do Evangelho segundo Lucas, analisaremos o conceito de discípulo de Cristo Jesus neste Evangelho. - Ser discípulo de Jesus é crer n’Ele e seguir-Lhe as pisadas. I – O CONTEÚDO DA MENSAGEM DO MINISTÉRIO TERRENO DE JESUS - Ser “discípulo” é ser aprendiz, é ser aluno. - O seguidor de Cristo é, sobretudo, um “discípulo”, alguém que está sempre a aprender de Jesus, que é o Mestre por excelência (Mt.23:8,10). A propósito, se houve um título que Jesus jamais recusou foi o de Mestre (Jo.13:13). - A vida espiritual é um contínuo aprendizado, no qual nós nos transformamos pela renovação do nosso entendimento, para que possamos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm.12:2). - Fazendo a vontade de Deus, podermos desfrutar da vida eterna, pois só quem faz a vontade do Senhor permanece para sempre (I Jo.2:17). - Por isso, é fundamental que nós saibamos qual é o conteúdo do ministério terreno de Cristo, para que possamos dar a ele continuidade, e isto o evangelista Lucas nos mostra logo após ter narrado a tentação de Jesus. - Jesus ensinava nas sinagogas e por todos era louvado (Lc.4:15), a mostrar que o ministério de Cristo era, sobretudo, de ensino, e Seus discípulos precisam, pois, também ensinar, mas, para ensinar, temos de aprender. Jesus é a própria Sabedoria e nós precisamos, pois, aprender com Ele. - É em Nazaré, cidade em que foi criado, que Jesus diz o objetivo de Seu ministério. Ali, disse o Senhor que fora ungido para: a) evangelizar os pobres – levar a mensagem àqueles que se considerassem dependentes e necessitados de Deus; b) curar os quebrantados do coração – trazer saúde espiritual àqueles que aceitam romper com o pecado e servir a Deus; c) apregoar liberdade aos cativos e pôr em liberdade os oprimidos – trazer a libertação do pecado e, por conseguinte, da opressão demoníaca; d) dar vista aos cegos – trazer visão espiritual; e) anunciar o ano aceitável do Senhor – pregar que a graça de Deus se há manifestado trazendo salvação a todos os homens - Jesus, em Nazaré, como Mestre, ensina que Seus discípulos, assim como Ele, devem: a) ter a virtude do Espírito Santo; b) ser inserido na sociedade; c) ter idoneidade reconhecida na sociedade; d) ter conhecimento da Palavra de Deus; e) saber que será rejeitado e odiado pelo mundo. - O discípulo de Jesus reconhece que Jesus é o Cristo e, portanto: a) considera a mediação de Cristo suficiente e exclusiva; b) reconhece que a mediação de Cristo em nova aliança exclui a lei como critério de salvação, ainda que suplementar; c) rejeita toda e qualquer ideia de sincretismo e relativização da obra salvífica de Cristo. II – A ESCOLHA DOS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS - Ao narrar a forma como Jesus escolheu Seus primeiros discípulos, Lucas nos mostra que o discípulo deve: a) considerar-se um pecador; b) reconhecer a divindade de Jesus; c) deixar a maneira de viver passada; d) anunciar a Cristo e levar as pessoas a um encontro com Ele; e) entender que nem todos têm a mesma função. III – O CARÁTER E A MISSÃO DOS DISCÍPULOS DE JESUS - No “sermão da planície” (Lc.6:17-49), Jesus mostra que Seus discípulos são(I): a) pobres b) famintos c) chorões d) odiados pelo mundo e) amar os inimigos. f) praticantes do que Jesus diz g) íntimos de Jesus h) preparados i) dotados de virtude e poder dados por Jesus - Os discípulos de Jesus precisam ser pessoas que tenham conhecimento da Palavra de Deus e sejam dotados de poder para expulsar demônios e curar enfermos. - Jesus disse que erramos quando não conhecemos as Escrituras nem o poder de Deus (Mt.22:29; Mc.12:24). - A missão dos discípulos deve ser exercida com outro importante ingrediente: a fé em Jesus. - O Senhor disse, tanto aos doze quanto aos setenta, que não deveriam levar com eles para o caminho nem bordões, nem alforjes, nem pão, nem dinheiro, nem que tivessem dois vestidos (Lc.9:3; 10:4), expressões que nos mostram que os discípulos deveriam confiar única e exclusivamente no Senhor e não levar nada além do absolutamente necessário para realizar a obra. - O discípulo de Jesus deve, ainda, saber que sua missão será realizada em ambiente hostil, que é o mundo, que está no maligno (I Jo.5:19). - Apesar da hostilidade do ambiente, os discípulos deveriam ter um comportamento exemplar. - O discípulo de Cristo deve ser uma pessoa transparente, que não queira se destacar das pessoas entre as quais convive, mas que tenha empatia com o povo, que não se queira diferenciar socialmente daqueles que estão à sua volta. - O discípulo de Cristo, porém, deve, ao lado da mensagem da vinda do reino de Deus, anunciar, também, o juízo divino sobre aqueles que rejeitarem a mensagem do Evangelho. IV – AS ATITUDES PARA SER UM DISCÍPULO DE JESUS - Ninguém é discípulo de Cristo se antepõe a Jesus valores terrenos, se não entende que deva buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça (Mt.6:33). - O discípulo de Jesus é alguém que não mais vive, mas que vive a vida na vida da fé do Filho de Deus (Gl.2:20). - O discípulo de Jesus tem de renunciar a si mesmo (Mt.16:24; Lc.14:33), deve negar a si mesmo (Mc.8:34; Lc.9:23). - O discípulo de Jesus tem de levar a sua cruz (Lc.14:27), ou seja, tem de assumir as suas responsabilidades e cumprir o propósito estabelecido por Deus a ele. - O Senhor Jesus considera Seus discípulos como sal, ou seja, alguém que está no meio dos demais homens, assim como o sal é posto no meio dos alimentos, a fim de ser capaz de “adubar” os alimentos. - Ser discípulo de Cristo é estar no mundo, mas não ser do mundo. PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Hora da verdade do Islã

A Hora da Verdade Sobre o Islã Dave Hunt O Que é Ser Fanático? Pode-se chamar o líder espiritual de uma nação de “fanático”? É razoável descrever assim a um homem que é reconhecido mundialmente como o representante de sua religião? Quem conhece melhor sua religião do que o próprio líder espiritual? O aiatolá Khomeini do Irã demonstrou isso quando declarou: “A alegria maior no islã é matar e ser morto por Alá”.[1] Isso é fanatismo? Pode-se chamar o fundador de uma das maiores religiões do mundo de fanático? Maomé, que juntamente com seus seguidores massacrou milhares de pessoas para estabelecer e espalhar o islã, disse aos muçulmanos: “Matem a quem não aceitar nossa fé...”[2] “Recebi a ordem de Alá para lutar com as pessoas até que elas testifiquem que não há outro deus além de Alá e que Maomé é o seu profeta”.[3] Maomé era um fanático? São fanáticos aqueles que lhe obedecem hoje em dia, impondo a pena de morte aos muçulmanos que se convertem a outra religião (como ocorre no Afeganistão, nos Emirados Árabes, no Paquistão, na Arábia Saudita e no Sudão)? Precisamos de uma nova definição de “fanático”? Terrorista e Prêmio Nobel da Paz Existe uma certa hipocrisia no modo irado com que os Estados Unidos e o mundo agora estão vendo o terrorismo. O terrorista mais maligno, sanguinário e bem-sucedido da História, Yasser Arafat, recebeu o PRÊMIO Nobel da Paz e foi aclamado como um líder de Estado. Para seus possíveis imitadores ele é a prova cabal de que o terrorismo vale a pena. As Nações Unidas, a União Européia e incontáveis líderes políticos e religiosos aliaram-se a ele em seu terrorismo contra Israel. Arafat e sua OLP são detentores de alguns recordes: o maior seqüestro (quatro aeronaves de uma só vez) – igualado com os atentados de 11 de setembro de 2001 – o maior número de reféns de uma só vez (300), o maior número de pessoas assassinadas em um aeroporto, o maior resgate já recebido (US$ 5 milhões, pagos pela Lufthansa), a maior variedade de alvos (um avião com 40 passageiros civis, cinco navios de passageiros, 30 embaixadas ou missões diplomáticas, além de incontáveis depósitos de combustível e fábricas), etc.[4] Ao invés de ser julgado por um tribunal internacional, como os líderes nazistas e sérvios, os atos sangrentos de Arafat lhe garantiram aceitação e fizeram dele um “líder pela paz”! Recompensas no Paraíso Seria ingenuidade extrema imaginar que os terroristas que estão dispostos a se tornar homens-bomba em Israel ou a explodir um avião, o que custará sua própria vida e a de muitas outras pessoas, estão fazendo algo por uma causa humanitária. Sua coragem vem de uma doutrina específica do islã. Abu-Bakr, o primeiro califa a suceder Maomé (e um dos poucos a quem Maomé prometeu o paraíso sem a necessidade de martírio), declarou que, mesmo que estivesse com um pé dentro do paraíso, não poderia confiar que Alá o deixaria entrar. No islã, a única maneira de alguém chegar com certeza ao paraíso é sacrificar sua própria vida na jihad. Para o muçulmano, é proibido o suicídio como ato contra a própria vida, mas quando ele sacrifica a vida para matar infiéis, isso lhe traz a maior das recompensas. Qual é a recompensa, no paraíso, para o mártir da jihad? A promessa é que ele receberá um palácio feito de pérolas que possui 70 mansões; dentro de cada mansão existem 70 casas. Em cada casa há uma cama com 70 lençóis e, em cada lençol, uma bela virgem. Ele recebe a garantia de que terá o apetite e a força de 100 homens para a comida e para o sexo. Esse é um sonho fantástico, alimentado pelos meninos muçulmanos desde sua tenra infância. Apenas essa motivação já é suficiente para lhes dar a coragem e a determinação inabaláveis para treinar e executar atos terroristas em que sacrificarão suas vidas, trazendo morte e destruição para “os inimigos de Alá”. Uma Religião Fundamentada na Violência É verdade que a imensa maioria dos muçulmanos é amante da paz e afirma que se opõe ao terrorismo. Naturalmente eles têm nossa simpatia, mas deveriam estar se questionando por que seguem uma religião fundada através da violência, que desde o início tem sido imposta pela espada. Sob a liderança de Maomé no século VII, milhares de árabes (e muitos judeus e cristãos) da Península Arábica foram mortos pelos ferozes “guerreiros santos” do islã, que impunham a aceitação daquela religião no mundo árabe. Com a morte de Maomé, a maioria dos árabes abandonou o islã, imaginando que finalmente ficariam livres. Rapidamente, dezenas de milhares foram massacrados nas Guerras da Apostasia, que forçaram a Arábia a voltar ao domínio de Alá. A partir daquela base, o islã foi propagado por todo o mundo através da espada. Na verdade, os terroristas agem em obediência direta a Maomé, ao Corão, a Alá e ao islamismo. Após a inesquecível terça-feira negra de setembro de 2001, os americanos ouviram repetidas vezes autoridades bem-intencionadas dizendo que devemos ser cuidadosos para não culpar o islã por aquilo que uns poucos fanáticos fizeram. Na verdade, os terroristas agem em obediência direta a Maomé, ao Corão, a Alá e ao islamismo. Enquanto muçulmanos nominais rejeitam essa idéia, os eruditos islâmicos concordam que é uma obrigação religiosa de cada muçulmano usar a violência sempre que possível para espalhar o islã, até que este domine o mundo. Precisamos encarar algumas questões simples: não é a tentativa de forçá-los a se submeterem ao islã o que causa a escravidão cruel, a tortura e o massacre de milhões no sul do Sudão, por exemplo? Não é o islã a força por trás dos ataques assassinos e destrutivos contra cristãos que ocorrem na Nigéria, na Indonésia, no Paquistão e em outros lugares? Não era a imposição da lei islâmica que fazia o Talibã negar todos os direitos civis às pessoas que estavam sob seu controle no Afeganistão? O que além do islã une o sempre conflituoso mundo árabe em um ódio implacável e irracional contra Israel? Nenhum mapa árabe do mundo admite a existência de Israel. É somente a declaração do islã de que Ismael, e não Isaque, era o filho da promessa e que a Terra Santa pertence a ele que une os árabes numa “fanática” determinação de destruírem os judeus. Preconceito Religioso? Há uma relutância natural em aceitar qualquer declaração que pareça ser preconceituosa contra uma religião mundial. O medo de tal preconceito impede o mundo de encarar a verdade. Seria preconceito expor esses simples fatos? Não é – mas é difícil encarar a verdade de que o islã é uma religião de violência e que seus praticantes não são extremistas e fanáticos, no sentido estrito dessas palavras, mas seguidores sinceros de Maomé. O mundo todo tem se juntado ao islã em sua falsa exigência em relação à terra de Israel, que hoje é erroneamente chamada de Palestina. Essa Terra Prometida, dada a Israel pelo Deus da Bíblia, tem sido continuamente ocupada pelos judeus durante os últimos 3.000 anos, e eles são as únicas pessoas que deveriam fazê-lo. Em reconhecimento desse inegável fato histórico, toda a “Palestina” deveria ter sido entregue aos judeus para ser seu território segundo uma decisão da Liga das Nações em 1917. Mas os judeus foram traídos pela administração inglesa na execução dessa determinação (e o declínio do Império Britânico pode ser datado a partir dessa traição). A terra foi dividida entre a Jordânia, a Síria, o Líbano, etc. Israel agora é acusado de “ocupar” a terra que, na verdade, tem sido sua por 3.000 anos. Esses “palestinos” de última hora são sustentados por uma mentira propagada pelo mundo inteiro, que diz que eles são os proprietários originais daquela terra. Como resultado, o terrorismo é perpetrado não apenas contra Israel, mas agora também contra os Estados Unidos, com o objetivo de fazer pressão para que o povo de Israel seja expulso da terra que é sua por direito e para que o islã se espalhe por todo o mundo. E Agora, o Que Deve Ser Feito? Chegamos a um momento definitivo, quando a verdade poderia triunfar se o mundo reconhecesse que os terroristas islâmicos não são “fanáticos”, mas fundamentalistas muçulmanos devotos que estão seguindo sua religião com fidelidade. Esse reconhecimento poderia trazer uma preocupação renovada com os muçulmanos de todas as nacionalidades, que estão cruelmente aprisionados por esse sistema religioso. A exposição da verdade poderia constranger as nações muçulmanas a abrirem a “Cortina Islâmica” e a dar liberdade para que se entre em suas fronteiras. Essa poderia ser uma nova chance de evangelização do mundo, onde não a força, mas o amor e a razão permitiriam que cada pessoa determinasse a fé que desejaria seguir de todo o coração. Oremos para que isso aconteça. Notas: 1. David Lamb, The Arabs: Journey Beyond a Mirage (Vintage BOOKS , 1988), p. 287; David Reed, “The Holy War Between Iran and Iraq” (Reader’s Digest, agosto de 1984), p. 389. 2. Citado na autoridade de Ibn ’Abbas em Sahih of al-Bukhari (Parte 9), p. 19. Atestado por vários eruditos islâmicos. 3. Ibid (Parte 1), p. 13. 4. John Laffin, The PLO Connections (Transworld, 1982), p. 18.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

QUAL É SEU TEMPERAMENTO?

QUAL É O SEU TEMPERAMENTO Existem muitos temperamentos diferentes entre os seres humanos, na maioria são definidos por ensinamentos de infância e através do empirismo. Podemos usar a matemática para fazer uma simples comparação, onde vemos: Sinais iguais somam e conservam o mesmo sinal: Na maioria das vezes quando uma pessoa encontra outra de temperamento parecido, tende-se a aproximar e fazer amizade (pelo menos no contexto geral) onde, suas características de caráter e temperamento são conservadas e aprimoradas mediante a ausência de conflitos causados pela diferença dos mesmos indivíduos. Sinais diferentes subtraem e conservam o sinal do número maior: Pessoas de temperamento diferente são obrigadas a conviver juntas, como por exemplo, no ambiente de trabalho, na escola, igrejas e em outros lugares, principalmente em lugares públicos. Algumas dessas pessoas não suportam a diferença existente no outro indivíduo ao qual necessita conviver, e isso gera conflitos. Quando uma pessoa de maior persuasão ou que tem melhores atributos financeiros entra em conflito com pessoas que a sociedade considera “inferior”, essa pessoa “inferior” tende a sair perdendo, tanto na disputa por amizades, empregos entre outras coisas. Isso também acontece com temperamentos, onde, aqueles que têm o temperamento forte saem em vantagem aos que tem temperamento mais apagado. E como será que um cristão deve reagir aos tipos de temperamentos existentes? Deve se conformar com o seu temperamento difícil? E agora, o que fazer? Paulo já nos deixou uma instrução acerca desse assunto: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos amados, de temos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vinculo da perfeição.” (Cl 3.12-14). Amém! SENTIMENTOS HUMANOS Existem quatro tipos de temperamentos, vejamos à seguir as forças e fraquezas de cada tipo de temperamento: TEMPERAMENTO MELANCÓLICO Forças: Habilidoso, delicado, leal, idealista e minucioso… Fraquezas: Egoísta, amuado, pessimista, confuso, anti-social e vingativo… TEMPERAMENTO SANGUINEO Forças: Sempre tem amigos, é divertido e contagia os outros, compreensivo e por isso bom companheiro, simpático, destacado e entusiasta e por isso líder… Fraquezas: É agitado e turbulento, desorganizado, pusilânime (fraco de ânimo), adora agradar, começa as coisas e não termina, é egoísta e cada vez mais tende a falar muito de si mesmo e de suas qualidades e feitos, tende a desculpar-se sempre de suas fraquezas… TEMPERAMENTO COLÉRICO Forças: É otimista, enérgico, prático, líder, audacioso, autodisciplinado e autodeterminado, não tem medo de situações difíceis nem de grandes desafios, estes o estimulam ainda mais, é alguém de objetivos e por isso a dificuldade não o esmorece… Fraquezas: Ira, impetuosidade, autosuficiência, é vingativo e amargo, por isso tem tendência ter úlcera antes dos 40 anos, muitas vezes falará coisas cruéis, sarcásticas e mordazes (ofensas grosseiras e refinadas), embora seja de fato capaz, sua arrogância tende causar antipatia nos outros temperamentos… TEMPERAMENTO FLEUMÁTICO Forças: É calmo, tranqüilo, cumpridor dos deveres, líder, imperturbável, para ele é fácil ouvir os outros em seus problemas, o que é difícil para o sangüíneo e colérico, trabalha bem sob pressão, por isso cumpre suas obrigações e gosta de cumprir horários. Fraquezas: É um tipo de pessoa calculista, desmotivada. É muito pretensiosa, desconfiada, e isto a afasta dos outros. É pessoa indecisa nas suas decisões e temerosa. Esse tipo de pessoa é muito castigada pelo seu egoísmo. Seja qual for o seu tipo de temperamento, peça ajuda a Deus para que através do Espírito Santo venha a controlar suas fraquezas e que seus pontos fortes sejam usados com êxito na sua obra. “Mas o fruto do Espírito é: amor, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Conta estas coisas não há lei.” (Gl 5.22), e também não há temperamento que supere tais coisas. CONCLUSÃO Todo temperamento pode ser mudado ou ajustado, não se pode deixar o comodismo tomar conta e dizer: “pau que nasce torto, até as cinzas são tortas”. A Bíblia nos mostra o exemplo do apóstolo João que tinha um temperamento difícil de lidar e agressivo. Jesus e seus discípulos precisavam de um lugar para ficar, mas, o povo de uma aldeia lhes negou abrigo, então, João e Tiago perguntarem a Jesus se podiam pedir fogo do céu para matar o povo daquele lugar (Lc 9.51-56); Este mesmo João depois de ter experiência de vida com o Espírito Santo escreve cartas onde fala sobre o amor, sobre o perdão etc. “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (1Jo 4.20) Este, é o mesmo João de temperamento difícil que queria matar as pessoas daquela aldeia, agora é conhecido como o apóstolo do amor. Tudo ocorreu depois que ele deixou o Espírito santo o moldar. Jeovanir Mendonça

sábado, 20 de setembro de 2014

CONVITES PARA EVENTOS

Aos amados e queridos irmãos, sou Pastor da Assembléia de Deus – Ministério Belém – SP -atendo convites para ministrar a Palavra de Deus em diversos eventos tais como: Congressos de Jovens, Circulo de Oração, Palestra para Casais, Seminários para Obreiros, Administração Eclesiastica, caso houver interesse, entre em contato (11)9.6694-7701 ou (11)9.6767-4685,atendemos em qualquer cidade, ligar com antecedência.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como é a igreja evangélica do novo milênio? Neste novo milênio, que teve início em 2001, a situação da igreja evangélica brasileira tem sido considerada a melhor de sua história. Com a garantia constitucional de liberdade de culto, os cristãos, não mais vistos como fanáticos, se expressam livremente e conquistam espaços importantes. Esse progresso causa inveja às religiões instaladas no País, e alguns líderes mais entusiásticos proclamam: “Ainda no início deste milênio, o Brasil será predominantemente evangélico”. Conquanto seja um privilégio viver em um país repleto de cristãos, poucos líderes, em meio à euforia, percebem o número crescente de evangélicos que constam das estatísticas, mas nunca viveram um cristianismo genuinamente bíblico. Hoje, ser cristão, para muitos, é ter privilégios e direitos; é ser senhor, e não servo; é encarar a obediência como uma virtude descartável. Os avanços da tecnologia trouxeram benefícios à igreja hodierna. Em contrapartida, algumas inovações estão se instalando em nosso meio, merecendo uma análise cuidadosa. Tenho pensado na situação de nossas igrejas deste início de milênio, uma vez que, com o progresso numérico, cresce também o número de evangélicos apenas nominais. É claro que há exceções, mas quais são as características da igreja do novo milênio? 1) Uma igreja voltada só para o jovem Bem, antes que alguém comece a verberar contra este articulista, esclareço que não sou contra a juventude. Primeiro, porque ainda me considero jovem, com os meus 37 aninhos... Segundo, já escrevi um livro para adolescentes, Adolescentes S/A, e outro para jovens, Perguntas Intrigantes que os Jovens Costumam Fazer, ambos editados pela CPAD. Na década de 1960, o roqueiro Pete Townshend disse: “Espero morrer antes de ficar velho”. Lamentavelmente, esse sentimento parece estar renascendo no meio evangélico. Sabemos que é necessário atrair os jovens e adolescentes para o caminho do Senhor. Mas, e os velhos? Eles também são almas preciosas para Deus. Um jovem cristão declarou a um jornal: “Era frustrante fazer som na praça e ver pessoas parando que não eram da minha idade. Eu queria que parasse o roqueiro, o cara cabeludo, um cara como eu. Só que ele não parava”. Ora, o Evangelho deve ser pregado a todos, pois não podemos fazer acepção de pessoas (Tg 2.1,9). Ademais, os jovens não podem se esquecer de que, no futuro, eles serão idosos (Ec 12.1). 2) Uma igreja revolucionária Hoje em dia, a palavra “revolução” faz muito sucesso. Músicas do tipo “revolução está no nome de Deus” são cantadas pela juventude. Revolução, no entanto, denota, antes de tudo, sublevação, revolta e insubmissão. Sempre associada a lutas ou guerras (cf. Lc 21.9, ARA), consiste em mudança rápida e radical. Como a conversão é uma mudança gradual, progressiva (1 Pe 2.1,2; 2 Co 3.18), o uso da palavra “revolução” no meio cristão se torna impróprio. Há mais de dez anos, fiquei preocupado com a seguinte notícia: “Está surgindo no país uma versão moderna, mais liberal e classe média do crente tradicional (...); esse novo evangélico é da pesada (...); prefere louvar a Deus em ritmo de rock ou jazz (...). De jeans e camiseta, seus pastores comandam shows de rock religioso ao estilo Chacrinha...” (Veja, 21/4/93). Infelizmente, o modelo revolucionário deste novo milênio (que imita padrões mundanos) incorporou-se de tal modo a tantas igrejas tradicionais, que muitos me considerarão um extraterrestre por ainda me preocupar com isso. Mas não vejo mesmo apoio para esse modelo nas páginas sagradas (cf. Gl 5.22; Mt 5.1-11). 3) Uma igreja “contextualizada” Muitos líderes têm pregado que devemos nos contextualizar. “O mundo mudou”, dizem. “Devemos adaptar a mensagem do Evangelho à presente realidade. Temos de ser parecidos com as pessoas do mundo, se quisermos alcançá-las para Cristo”. Este argumento é baseado na interpretação forçada de 1 Coríntios 9.22, um vez que, para evoluir em algumas áreas, não precisamos gerar “aberturas” doutrinárias (Mt 7.13,14). Na verdade, quanto mais os cristãos se igualarem aos incrédulos, tanto mais será difícil a evangelização. Não havendo identidade, o crente se torna imperceptível (Mt 5.13-16; Fp 2.5), passando de influente para influenciado. Comunicar o Evangelho da forma como as pessoas desejam ouvi-lo não resultará em nada. Mas transmiti-lo da maneira como elas precisam ouvi-lo as levará à compunção (At 2.37,38). 4) Uma igreja formada por fãs Seguir a Jesus não é só deter o nome de cristão (Lc 9.23). Ser cristão é ser um praticante dos ensinamentos de Cristo. Achá-lo “o maior barato”, pôr adesivos no vidro do carro do tipo “Propriedade Exclusiva do Senhor Jesus” ou usar camisetas com mensagens que trazem o seu nome, sem, no entanto, praticar integralmente os seus ensinamentos, é apenas ser um fã. Aliás, o nome de Jesus se tornou um grande negócio e vem sendo banalizado (cf. Êx 20.7), aparecendo em anéis, presilhas, prendedores de gravata, bonés, chaveiros, etc. Quando Jesus chamou seus discípulos, disse: “Segue-me” (Mt 8.22; Lc 5.27; 9.59; Jo 1.43), pois Ele não queria ter fãs. Mesmo assim, muitos o seguiam por admiração ou interesse. Sabiam que ele podia transformar água em vinho (Jo 2.1-12), fazer paralíticos andar (Jo 5.1-15) e multiplicar pães (Jo 6.1-15). Mas, depois de ouvirem o seu “duro discurso”, descobriram o que significava segui-lo e o abandonaram (Jo 6.22-71). E você, é apenas um fã de Jesus? Ou tem andado como Ele andou (1 Jo 2.6)? 5) Uma igreja conformada com o mundo O porte modesto (1 Tm 2.9) está dando lugar a cabelos eriçados, cabeças rapadas, colares, lenços amarrados na cabeça, camisetas com a estampa da “banda” preferida, míni-saias, correntes, braceletes, brincos, anéis... Um repórter de TV referiu-se a um culto dito evangélico da seguinte forma, enquanto o cinegrafista mostrava jovens vestidos exoticamente: “Você pensa que essa multidão veio assistir um show dos Guns’n’Roses? Não, eles vão participar de um culto evangélico!” Infelizmente, muitos líderes estão conformados com isso, dizendo: “A tendência é essa mesma. Não adianta reprimir”. Mas a Bíblia diz que o salvo deve se vestir e se portar de maneira decente e modesta (1 Pe 3.3). Por essa razão, nunca devemos nos conformar com este mundo (Rm 12.1,2), mas resistir à pressão que o secularismo, ou melhor, o mundanismo exerce sobre a igreja (Tg 4.4-8). 6) Uma igreja despreocupada com a linguagem Eis algumas frases proferidas por jovens da atualidade: “Jesus é dez”, “Vamos fazer um louvorzão pra JC”. Nota-se que o uso de gírias e palavras chulas já se tornou normal, e poucos ensinadores têm coragem de combater esse mal. Faz-se pouco caso da Bíblia, que nos ensina a ter uma “Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.8). Em Efésios 4.29, há uma importante advertência: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe [imoral, obscena, vil], mas só a que for boa para promover a edificação...” Isaías, quando se converteu, foi purificado pelo Senhor e não pronunciou mais palavras torpes (Is 6.1-8). Diante disso, os palavrões, as “piadinhas” e as gírias devem ser banidos do vocabulário cristão (Cl 3.8-10). 7) Uma igreja liberal A frase “É proibido proibir”, empregada em 1968 por jovens hippies, que lutavam por liberação sexual e uso de drogas, vem sendo repetida por muitos pregadores! É verdade que Paulo reprovou proibições inúteis, provenientes da mente humana (Cl 2.20-22), mas não podemos negar que o Novo Testamento está repleto de sérias proibições (Rm 13.9; 1 Co 6.10; Tg 5.12; Gl 5.17-21), para as quais devemos atentar. 8) Uma igreja movida a shows Há mais de dez anos, também li, com espanto: “... os evangélicos da pesada são um fenômeno recente e caracterizam-se pela liberalização dos hábitos, pelo uso do rock e do funk, pelas roupas coloridas e pelo marketing agressivo para conquistar a juventude” (Veja, 08/6/94). De lá para cá, músicas pesadas entraram com facilidade em nossos templos. Algumas canções ditas cristãs sequer mencionam o nome de Jesus, e outras, não bastasse isso, possuem letras do tipo “quero sentir você me tocar”, reforçadas por melodias voluptuosas. Com a ascensão da chamada música gospel, o exibicionismo entrou em cena. Nossos púlpitos viraram palcos, e os cantores passaram a ser vistos como astros. Alguns chegam a trocar de roupa várias vezes em suas apresentações. Muitos cobram cachês e agem como os cantores mundanos (de fato, o são, segundo Mateus 7.20), dançando e até rebolando. Tudo isso ocorre com a permissão de líderes que se esqueceram de que o púlpito, um lugar sagrado, deve ser ocupado por pessoas consagradas. Unamo-nos, pois, em prol de uma igreja cheia do Espírito, avivada, perseverante na doutrina e mantenedora dos princípios verdadeiramente cristãos. Ou será que preferimos os padrões apresentados? Ciro Sanches Zibordi

sábado, 7 de janeiro de 2012

A pastora, a globo e o evangelho sincretizado.

A pastora, a globo e o evangelho sincretizado.
POSTADO POR RENATO VARGENS SEXTA-FEIRA, JANEIRO 06, 2012 20:12:00
MARCADORES: APOLOGÉTICA CRISTÃ
Por Renato Vargens


Acabei de assistir o vídeo (veja abaixo) onde uma pastora evangélica juntamente com participantes de outras religiões dançavam e cantavam pra GEZUIS.

Pois é, o que fizeram do Evangelho do Senhor? Ora, lamentavelmente estão transformando o Evangelho de Cristo em Macumba!

Se não bastasse esse episódio lamentável de domingo, o comportamento de algumas das igrejas chamadas evangélicas, cada vez mais se aproxima dos rituais espíritas. Do jeito que a coisa anda daqui a pouco ouviremos em nossos cultos expressões como “Eparrei Jeová” ou " louvado seja Deus em nome de missifio". Ora, vamos combinar uma coisa? Infelizmente algumas das liturgias evangélicas estão tão miscigenadas que um desavisado qualquer ao entrar em um de seus cultos pode pensar que entrou no centro de macumba. Ouso afirmar que o sistema comportamental e doutrinário do neopentecostalismo brasileiro se deve em parte ao famigerado sincretismo religioso. O que nos leva a entender que mais do que nunca, precisamos em nosso país resgatar os valores da Reforma Protestante, retornando a Bíblia, fazendo dela a nossa única regra de fé.

Isto posto, afirmo categoricamente que em hipótese alguma experiências mágicas esquizofrênicas, como supertições inequívocas e burrificadas devem nortear o comportamento de nossas igrejas, até porque, somos e fomos chamados pelo Senhor a vivermos um cristianismo equilibrado, racional, apaixonante e apaixonado por aquele que por sua infinita graça e misericórdia nos salvou.

Como inúmeras vezes afirmei neste blog, confesso que estou absolutamente perplexo e preocupado com os rumos da igreja evangélica. Chego a conclusão de que mais do que nunca a igreja brasileira precisa URGENTEMENTE de uma nova reforma.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens